terça-feira, 28 de junho de 2011

Hevein - Nor



The official "Nor" Music video is dedicated to the first Australians.
A.K.A the Indigenous people of Australia, the Australian Aboriginals. SORRY

Written, filmed, directed, edited, produced and location by Leif Hedström & Tuukka Peltonen.
Moon run by Ari Järvenranta.

Music taken from the album "Gentle Anarchy".

Written by: Leif Hedström, Janne Jaakkola, Max Lilja, Juha Immonen
Arrangements: Leif Hedström, Janne Jaakkola, Max Lilja, Juha Immonen
Lyrics: Leif Hedström, Juha Immonen
© Hevein 2011



Links :
Official website: http://www.hevein.com
Buy NOR digital single: http://hevein.bandcamp.com/album/nor-single
Soundcloud: http://soundcloud.com/heveinmusic
Facebook: http://www.facebook.com/hevein
Myspace: http://www.myspace.com/hevein

Grande vídeo e música deste Finlandeses Hevein...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Is Tropical - The Greeks

IS TROPICAL - THE GREEKS (official music video) from EL NINO on Vimeo.

Directed by MEGAFORCE
Label : KITSUNE
Animation : SEVEN
Production : EL NINO
Producer : Jules DIENG
AE : Gianni MANNO /Francois PELLAE
Sound design : Laurent D'HERBECOURT / Tranquille Le Chat

Quando éramos miúdos brincávamos na rua aos polícias e aos ladrões e às guerras,agora é algo parecido mas com uma diferença...existe uma possibilidade brutal de pós-edição digital de vídeo que culmina por exemplo neste grande e bem elaborado vídeo... :D

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O discurso dos discursos ou o bom "ditador" Chaplin



Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos cépticos; a nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos actos, as vossas ideias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!

Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!

Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!


de "O Grande Ditador" 1940

terça-feira, 7 de junho de 2011

Acho piada a este país...

...e acho piada por várias razões...umas pela positiva mas outras pela negativa.

Primeiro,comecemos "on the brightside".

Gosto muito deste nosso "rectângulo",muito mesmo,somos um país bonito,hospitaleiro,com um clima bom,boa gastronomia,bom vinho e cerveja,agradável e genuíno.

Temos bons clubes da bola,que,apesar de não terem o poderio financeiro de outros de Inglaterra,Itália e Espanha,compensam com uma boa gestão dos seus respectivos recursos e com estabilidade e competência,que se tem reflectido num bom desempenho "lá fora",nas competições europeias e mundiais. (1)

Temos personalidades que nos "representam" muito bem lá fora,em variadas áreas,sendo elas mais conhecidas,como é o caso de Mourinho,C.Ronaldo,Mariza,Joaquim de Almeida,Manoel de Oliveira,Souto Moura,José Saramago etc.,ou sendo elas portugueses(as) dito "anónimos(as)",mas que se distinguem nas suas áreas de eleição,como na ciência,na literatura,no teatro,na comunicação e afins,orgulhando assim a sua terra natal e elevando a nossa bandeira além fronteiras. (2)

Já mostrámos,por variadas vezes,ao mundo,que temos capacidade para organizar de uma forma convincente e competente qualquer evento cultural,político ou social a que nos propomos,tendo,inclusivé,ao longo dos anos,sido largamente elogiados por esses mesmos por várias entidades e países. (3)

Somos conhecidos também pela nossa capacidade de adaptação a qualquer meio e a qualquer língua,revelando boa desenvoltura,honestidade,trabalho e dando uma imagem de gente pacata e simples mas porreira e de bom trato. (4)

Somos um alvo apetecível na área do Turismo,devido não só à nossa situação geográfica previligiada mas também devido às nossas bonitas cidades carregadas de história e de histórias (passo a redundância),às nossas inúmeras e bonitas praias,ao nosso Turismo Rural que proporciona outro tipo de contacto com a natureza e com a cultura,e claro,devido também ao baixo custo para muitos "cámónes" que nos visitam,dado que têm maior poder de compra e que têm em Portugal preços muito acessíveis,ideais para desfrutarem de tudo o que temos para oferecer. (5)

Temos uma história riquíssima,marcada por séculos e séculos de conquistas,descobertas e feitos magníficos que engrandeceram e engrandecem ainda hoje a nossa identidade. (6)


....
Agora,a parte má.

Por onde começar?

Talvez escalpelizando os pontos que mencionei.

(1) Temos defacto,bons "clubes de bola" e com relativo sucesso lá fora,mas é pena que seja dos poucos ou talvez o único aspecto hoje em dia de que nos podemos orgulhar,servindo quase como uma "esmola" emocional e moral,que nos alegra e motiva de uma maneira tímida e muitas vezes insípida,não sendo suficiente,nem de perto nem de longe,para arrebitar e elevar a nossa auto-estima e confiança no futuro,dado que o estado do país é tão mau em tanto aspecto que tudo se desvanece em pouco tempo.

Junta-se a isso o facto de grande parte da população olhar para os clubes como albergue de corruptos,pessoas desonestas,instituições de lavagem e branqueamento de dinheiro e de serem demasiado protegidos pelo estado,estando muitos "acima da lei" e gastando dinheiro acima das suas possibilidades,também tendo em conta a realidade económica do país.

Rivalidades bacocas,violência desnecessária,jornalismo desportivo muitas vezes parcial e bolorento,picardias entre dirigentes e entre adeptos,inveja e ódio,são outros dos aspectos que mancham a integridade deste fenómeno no nosso país,e que muitas vezes transparecem negativamente lá para fora.

(2) Personalidades do nosso país envolvidos em casos de pedofilia,de burla,escândalos bancários,corrupção etc. ,são a antítese dos que mencionei mais acima,e que em nada beneficiam a nossa imagem,além de que,em muitos casos,nos prejudicam pessoalmente,arrastando a nossa credibilidade e honra pela lama,transformando este país numa autêntica "república das bananas" onde tudo passa impune e se põe de lado valores como a integridade,honestidade e coerência.

Havendo ainda tempo para,no meio disto tudo,se valorizar e dar atenção a certas personagens do "socialite" português,que não são mais do que personagens polarizantes de uma sociedade com falta de imaginação,bacoca e tacanha.

(3) Sim,já mostrámos várias vezes capacidade para organizar eventos de qualidade,mas por outro lado já presenciámos também muita vez a incapacidade de o fazer convenientemente,derivado da já nossa bem conhecida característica do fazer as coisas "ás três pancadas",que normalmente culmina quase sempre em,por exemplo,discrepâncias brutais nas contas que inicialmente estavam previstas e controladas,ou em infraestruturas que mais tarde se revelam mal construídas e elaboradas,ficando sujeitas a constantes remendos ou até mesmo em caso extremo,ao bota abaixo,ou ainda mesmo em questões de segurança,que foi insuficiente ou quase nula.

Em muitos casos,é preciso acontecer algo de mau ou algum imprevisto para se abrir os olhos e se fazer alguma coisa para corrigir e melhorar.
Sintomático.

(4) Em relação a este ponto nada tenho a apontar,porque defacto não o contesto,mesmo assim ás vezes parece que é preciso o pessoal ir lá para fora para demonstrar a sua faceta de bom falante,trabalhador e desenrascado...

(5) Somos um país bonito,sim. Temos características óptimas para qualquer estrangeiro que nos visite,sim. Potenciamos devidamente isso tudo,não.

A questão é que não apostamos devidamente e com clareza em melhores infraestruturas,melhores acessos,e mais e melhores veículos de promoção turística, que deviam ser medidas prioritárias,dado o Turismo ser dos nossos maiores atractivos e das nossas maiores fontes de rendimento.

Basta olhar para os nossos vizinhos do lado para reparar que eles,nesse aspecto,estão a anos luz de nós,com uma organização de promoção e divulgação equilibrada e formatada de uma maneira coerente e bem distribuída.

O nosso país não pode ser só praia e esplanada com tremoços e cerveja como costumo dizer,tem que haver uma união de esforços também entre autarquias e governo para uma plano atractivo que revitalize e potencie os recursos,a cultura e o meio de cada aldeia,vila,cidade ou região,no sentido de criar uma "teia" bem montada de rotas,infraestruturas,produtos que proporcionem uma óptima base para o lazer e para o desfrutar de quem procura.

O centralismo exacerbado e a abusiva concentração de poderes praticamente num só ponto do país,no meu ponto de vista,contribui negativamente para a concretização do que deveria ser feito e para a tal união de esforços de que falei.

A falta de verbas também é um entrave compreensível,principalmente no contexto económico actual,mas por outro lado,além de muita coisa poder ser feita sem grande esforço financeiro mas sim com imaginação e vontade,seriam medidas que seriam obviamente investimentos a médio-longo prazo,com dividendos futuros,desde que bem elaboradas e apoiadas claro está.

(6) Temos uma história riquíssima,épica até,e que nos orgulha a todos,mas os tempos são outros,e não podemos ficar apegados ao que foi ou ao que podia ter sido,apelando constantemente ao nosso já típico saudosismo,e afirmando volta meia volta que "já fomos tão grandes.." e "se fosse no tempo do outro isto ia para a frente..".

Portugal passou por uma ditadura de repressão,censura e relativa estagnação,que de certa maneira nos atrasou e abstraiu do resto do mundo num vibrante "orgulhosamente sós",apesar de algumas pessoas serem da opinião que,esta época,também teve os seus pontos positivos e relevantes,mas isso são contas de outro rosário e não me alongarei nessa discussão.

O que é facto é que muitos dos nossos companheiros europeus também presenciaram durante muitos anos regimes ditatoriais,muitos deles com verdadeiras guerras civis,e num grau ainda mais violento,repressivo e até demente do que o nosso,mas com a diferença de que conseguiram ultrapassá-los gradualmente,com maior ou menor dificuldade,enquanto que Portugal continuou em muitos aspectos apegado a demasiados "fantasmas" do regime do estado novo,além de que viveu muitos anos a reboque dos dinheiros da união europeia,dinheiros esses que aliás foram mal geridos e aplicados.

Isso,juntando às constantes más governações ao longo dos anos,resultaram num acumular de tensões sociais,económicas e culturais que até hoje ainda perduram.


Não votei.

Não foi de maneira nenhuma por preguiça,nem "desisti do país" como muitos dos nossos políticos sedentos de poder e tacho dizem para rotular os que não votam,o que aliás,é curioso,já que,a maior parte das vezes são esses mesmo políticos a desistirem dele quando vêem a coisa um bocado para o turvo.

Simplesmente não acredito neste sistema político,que não é mais do que um sistema bipartidário e ditatorial,onde abunda a prepotência e a ganância,uma democracia de fachada e camuflada,onde em vez de se encontrar soluções para o bem do país se verifica o garantir de tachos,postos,reformas chorudas e regalias para "boys",amigos e compadres,onde os partidos são encarados pela população como clubes de futebol,impedindo a afirmação e evolução de outros,muitas vezes por "herança familiar",por tradição ou por pura casmurrice e tacanhez.

"E porque não votas tu então nos partidos ditos mais pequenos?" Perguntarão.

Votaria de bom grado e em plena consciência,se sentisse que defacto o povo estaria em sintonia nesse aspecto,e se eu,da minha parte notasse uma mudança de mentalidade e de vontade de dar uma abanão a este sistema de alguma maneira.

Mas não é isso que mais uma vez verifico infelizmente.

É engraçado que fartamo-nos de ver na TV milhares de manifestações,de protesto,de greves,de revolta contra o estado das coisas,que são todos iguais,que isto tem que mudar,que isto e aquilo,para depois chegarmos ás eleições,onde defacto,as pessoas podem "vocalizar" o seu descontentamento e marcar uma posição de revolta e querer de mudança,e se verificar que afinal a mentalidade continua a mesma e,consequentemente,o sistema continua o mesmo,só mudando,de acordo com o tal bipartidarismo vigente,a cor...e não me venham com a velha ilusão do chamado "voto útil",que isso para mim não é mais do que mandar areia para os olhos do eleitorado.

Sou apartidário,faço mesmo questão de o ser nos dias que correm,no entanto,tenho para mim que se podem tirar medidas e ideais importantes de cada um deles,tendo por base um diálogo e uma união de esforços essenciais no sentido de trabalhar em prol deste país,e não cada um puxando para seu lado,num orgulho partidário bacoco e interesseiro,argumentando uma falsa pluralidade democrática e de debate,que em nada abona e beneficia o que verdadeiramente interessa : o progresso e o bem estar de Portugal.



A eterna pergunta do Palma continua a fazer sentido...

quinta-feira, 2 de junho de 2011