"Clube pastilhas"
Tivesse força de lei o ‘princípio chiclete’ de Vítor Pereira e Isaltino Morais já cumpria pena, um procurador do Ministério Público não se enervava com recursos, a Opinião Pública dava mais crédito à Justiça.
O treinador do FC Porto explanou a sua teoria – os jogadores não são meras chicletes, o mesmo é dizer que não devem ser utilizados num jogo e relegados para o banco no seguinte apenas porque outros estão disponíveis.
O presidente da Câmara de Oeiras – imagino – é avesso ao conceito. Isaltino Morais mastiga as acusações e saboreia os doces recursos, uns atrás dos outros. Para ele, ao contrário de Pereira, a táctica da pastilha é essencial – masca-se e deita-se fora. Tudo bem consumido até ao fim do prazo de validade.
Quem não se conforma é o procurador do Ministério Público de Oeiras. Revoltado com a resolução da juíza em adiar a prisão de Isaltino, aponta uma "gravíssima violação das regras do sistema judicial". E, entre avanços e recuos, a vida do autarca segue sem grandes dramas.
Já Domingos Paciência não teve tanta fortuna num clube que mastiga treinadores tal qual Jorge Jesus devora chicletes em dia de jogo. Futebol e política, uma equipa: Pastilhas Futebol Clube.
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